Gostaria de comunicar a todos que o ano vai acabar.
Não é lá o fim do mundo, mas apenas um projeto do tempo.
Bem feito. Assim como tudo na vida começa e termina , o ano que termine também.
Ele teve um ano inteiro para mostrar a que veio e mostrou. Foram doze meses de pura adrenalina, de altos e baixos e grandes tensões. Durante este período, quantas não foram as perdas, as aquisições, as idas e vindas, os etc e tais?
2015 termina como todos os anos, com a diferença de que, como coisas diferentes acontecem o tempo todo, coisas diferentes aconteceram e é por isso que colocam-se datas nas coisas. Fulano morreu tal dia de tal mês de tal ano, sicrano casou tal dia de tal mês de tal ano, beltrano fez o que devia ou não em tal data.
Tantos " tais " glorificam um ano.
A informação de que ele está terminando veio como um raio, iluminando meu céu.
De repente, percebo que, durante todos os dias e meses que o formaram, estive secretamente imaginando que este ano não acabasse nunca. No meu íntimo mais íntimo, estava lá, retida como uma bala perdida, a ideia de que sim, o ano veio para ficar, não vai embora nem a pau. E tantas coisas acontecendo e ele lá, firme; convicto, ele também, de que ficaria para sempre. Mas não.
Tudo o que começa, um dia termina. Discussões, amores, pudores. Sociedades, prioridades, calamidades. Vidas, medos, sofrimentos e grandes alegrias. Deu pra você, 2015. Chegou a hora de partir.
E aquela musiquinha que às vezes dá vontade de cantar e ninguém sabe, " adeus, amor, eu vou partir, tananã...tarã...taná!" que seja cantada em prosa e verso, com os requintes todos de final de ano, com taças tilintando no ar em câmera lenta, sorrisos fraternos e olhos úmidos, como se fosse possível e legal que o ano nunca terminasse.
Fim. Deu pra você, 2015. E que venha o próximo - o engraçadinho, o metido a ser tudo - com tudo mesmo, com vontade, com garras de lutador.
Que venha 2016 com garras, mas nem tão afiadas; com vontade, mas sem cometer exageros; com tudo, mas um tudo macio. Porque 2015 tem sido cheio de grandiosidades, muito másculo, sem mimimis. Que 2016 venha mais feminino, mais calmo, mais meigo. Só pra dar um tempo - de um ano, que seja.
E, de desejo em desejo, que são tantos, desejo aos amigos um feliz e fraterno 2016.
Pra começar, tá bom.
Beijos e abraços.
dezembro/2015