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LAÇOS
LAÇOS

 

 

 


Partilhe comigo dos prazeres que a vida oferece e seja tão feliz quanto uma flor do campo, que não teme os espinhos. Seja fiel ao que lhe pertence e, assim, seja a tal flor do campo, com o céu e o sabor da terra todos seus, com o mundo a lhe cair aos pés como deve ser.
Partilhe comigo do bem que posso lhe trazer e despeça-se do passado, crendo no futuro - que nos pertence tanto quanto pode nos pertencer.
Creia que a felicidade é um jardim e que o perfume das flores pode ser aspirado por qualquer um que as cultive.
Reflita que o tempo passa e que coisas ruins passam com ele; que o mar leva para o seu mistério profundo o que tem de ser esquecido.
Leve o melhor de mim e - acredite - farei o melhor de mim para lhe fazer feliz. Quero ser sua o quanto puder, o quanto me for permitido, porque se o querer é algo que vem de dentro, estou transbordando, enjaulando um pouco, talvez por medo, pois ainda não estou livre das imposições que eu mesma me fiz. Acho que sou humana, então. Ainda não me libertei do medo de perder e sofrer.
E mesmo que não dê certo, mesmo que a vida troque de rumo, mesmo que o que imagino seja apenas um sonho, mesmo que a luz que arde dentro de mim se apague no final do túnel e, de um jeito ou de outro , o laço que nos une se desfaça, quero dizer que talvez eu não mais saiba o que fazer se, um dia, tiver que seguir minha própria trilha.
Melhor não pensar assim. Melhor não secar minha fonte de luz.
Partilhe comigo da fonte de luz que projeta sobre a flor do campo, que não teme os espinhos e que nada teme.

 


JULHO/1984