O maior drama é o que revela a alma.
O pior desejo é o que encanta os olhos e desafia o coração.
São tantas as formas de enxergar os sintomas da arte de somar valores, que nem sempre é possível chegar a um consenso.
Somar valores é acreditar, sonhar, dispor do tempo para realizar metas, inventar um jeito novo de sobreviver às linhas da agenda na qual se escreveu cada tópico a ser atingido.
Fazer um milagre a cada dia, sobrecarregando o corpo e a mente com as tarefas impostas. E , no fim do dia, dormir o sono dos deuses, sonhando com o que, futuramente, estará no mesmo caderninho, pronto para ser quitado na conta final dos ideais imaginados.
Revelar a alma é resgatar o saudável, o puro, o que transforma o ser num vulcão de sensações. Perdidas ou não, estas sensações ressurgem periodicamente, avolumando a sede que invade o nó desatado e explode como a fumaça que antecede e , depois, acalma as labaredas.
O desejo que encanta os olhos mina o coração, pois exaspera o sonho desfeito. Por isso pior, por isso desalmado. O encanto vem da crença, da força, da inteligência, da confiança, daí a soma dos valores para a concretização das metas. Acreditar é sonhar.
Dispor de um tempo para realizar as metas propostas pela vontade de seguir em frente é inventar um jeito novo de, passo a passo, transpor cada tópico e atingí-los, como nunca se fez antes, como coisa nova, sempre.
Nem sempre o que é ideal para os olhos, é capaz de acrescentar para a alma.
Juntar o ideal para a alma e o sono dos deuses significa escolher o saudável para viver, para viver junto, para resgatar a força, a solidez, o amparo, o amor.
Consenso? Nenhum. Pode-se pensar assim ou assado, escolher o drama da novidade para desafiar o coração. Pode-se enxergar os sintomas do amor por linhas diferentes, acarretar danos por escolher o que encanta os olhos. Mas somar tudo, valores, calores e sonhos, está na arte de fazer um milagre a cada dia, sonhar a cada dia, tecer a cada dia um tapete colorido de emoções.
Novembro 2013