Criar um Site Grátis Fantástico
O APÊ COM 51 MILHÕES
O APÊ COM 51 MILHÕES

 

 

 

 

Quando pequena, tinha muito medo de nadar em meio aos peixinhos e que um deles entrasse no meu corpo e crescesse dentro de mim. Coisa de criança, como medo de bicho-papão, sapo que vira príncipe, príncipe que arranca do sono profundo, etc e etc.
Acredito que aconteceu a mesma coisa com o Geddel: ele sonhava em ser Ali Babá pra chegar na sua caverna particular e dizer as palavras mágicas e que as portas se abrissem num tesouro fantástico. Ele deve ter curtido durante décadas aquela coisa infantil do encantamento das coisas proibidas que sim, podem e existem sim, no mundo do "quero mais".
Não me lembro de ter beijado algum sapo que virou príncipe. A vida mostra que as coerências são mais importantes do que a fantasia de querer o que não existe - ou pode até existir - mas por um tempo bem curto. A coisa infantil de querer tudo para si e que se dane seu amiguinho é, até certo ponto, passageira. O pacto que se faz com a sociedade, enquanto crescemos e aprendemos, é o da divisão, da colaboração, da boa educação, da gentileza - se não for assim, não somos aceitos.
A minha fantasia de que poderia parir um pirarucu ou dormir profundamente na confiança de que algum príncipe me acordasse - passou! Evoluiu! É isso!! EVOLUIR!!!
Geddel, se numa vida passada vc foi pirata, navegou por mares nunca dantes navegados, encheu a cara de rum, pilhou e sequestrou bens alheios, nesta vida vc está em outra vibe, meu filho! A ganância de abrir portas e ter a visão do tesouro acumulado não deu certo, desta vez. Veja se aprende e não perde a chance de entender que fantasia é uma coisa e realidade é muito outra.
Não dá pra misturar.

 

 

 

 

09/2017