As políticas públicas ignoraram, durante 100 anos, todas as benfeitorias que deveriam ser feitas nas cidades e fora delas. Nas cidades, incutiram na cabeça do povo que o Brasil não tinha dinheiro para investir em saneamento básico. E essa é uma prática que permanece até hoje.
Investiram onde as pessoas de maior poder aquisitivo exigiam - o centro das cidades - e deixaram pra trás os morros e a população apinhada vivendo em esgotos.
No entanto, nunca foi falta de dinheiro.
Foi falta de caráter, falta de arroubo solidário, falta de educação que passasse de pai para filho que as criaturas são todas iguais perante Deus.
Os impostos pagos e a riqueza do erário público passaram a ser considerados propriedade dos que ascendiam na escalada política.
Os dinheiros das instituições que gerariam conforto para populações imensas pelo país afora foram roubados pela ignorância instituída por “alguéns” que diziam que o Brasil nunca teve dinheiro.
Já ouvimos , então, do andar em que nos posicionamos como povo, que não tínhamos dinheiro para o citado saneamento que, chamado de básico, virou um conceito de elite : vc mora em tal lugar, então não é quebrada, não é favela, não é o lugar em que nem animais viveriam.
Já ouvimos que não tínhamos, como país, dinheiro para ferrovias, estradas, escolas públicas, hospitais públicos e etc.
Já ouvimos que não tínhamos dinheiro para vacina.
De todos esses dinheiros que não tínhamos, muito foi afanado. O Estado pagou muito por pouco: pagou aço e obteve papelão.
Agora, pra não me alongar muito, infelizmente o Rio Grande do Sul está vivendo uma tragédia que não vai poder ser a longo prazo. Será preciso gente honesta , com propósitos elevados , pra correr atrás do prejuízo do papelão que a política maldosa aprontou.
Existiram muitas tristezas e choramos em todas elas.
Veremos, daqui pra frente, como ajuizaremos os recursos palacianos que estão vindo por aí.
Nossa parte é olhar, entender e contribuir para que não existam desvios.
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maio 2024