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TENHO DITO
TENHO DITO

Se há falta de cérebro, então está explicado.

Porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Discutir se um candidato ou vários não são bons e tentar a todo custo reverter o jogo e mudar os rumos do país com uma motivação séria e capaz de discernimento, tudo certo. Fazer uma caça às bruxas e ofender amigos ou conhecidos; excluir a ofensa primária e achar que todo mundo tem sangue de barata e deve ficar quieto diante do destempero verbal, é querer demais. Também não serve cuspir. Está errado.

Mas o ataque puro a pessoas conhecidas, que foram barradas com impropérios por simplesmente pensarem diferente, aí já é demais. Em qualquer situação, há que se ter comedimento.

Deparo-me diariamente com pessoas que não pensam como eu e nem por isso as ofendo. Converso. Mas sei que não posso falar o que realmente penso, pois sei que seria ofendida. Isso é viver em uma sociedade civilizada? Isso é mostrar que respeitamos o ideal alheio? Que país de tribos é este em que precisamos sair com machadinhas e tacapes - e com o coração combalido - porque mal sabemos com quem travaremos o próximo embate?

Por que a perseguição pessoal, a marra partidária, a equação mal resolvida? Mal resolvida porque foram anos de bocas fechadas para, de repente, ressurgir o ataque fervoroso contra petistas e de situações amargas, escrachadas, de pouco bom senso.

Conversemos. É mais salutar do que trocar ofensas. É mais inovador trocar ideias. Palavrões e descaso com as pessoas que pensam como petistas é perturbador e de muito mau gosto. O pior é a inversão dos valores nessa farsa toda. Os que agridem acham-se agredidos quando ouvem uma resposta. Os que agridem, acham-se no direito de agredir e consideram-se corretos. Porque assim o cérebro anda funcionando, excluindo o termo básico de compreensão entre seres humanos, que é a troca de palavras com boa educação.

Devemos parar para analisar e rever o comportamento uns dos outros, seguir no ritmo do bom senso e travar debates salutares. Porque xingar e denegrir a imagem das pessoas não leva a nada, não segue caminho nenhum.

Aprimorar os sonhos não é infantilidade, é coisa de gente grande, de quem usa o cérebro; sonhar é imaginar um mundo novo, admirável, onde as pessoas se entendam e lutem por um mesmo ideal. Meu ideal é de que todos tenham as mesmas oportunidades que eu tive e que meus filhos tiveram e têm. Sonho com uma sociedade mais igualitária, onde o malfeito não exista e as classes sociais se aproximem a ponto de não sentirmos mais as diferenças. Acredito que todos pensemos da mesma forma, então para quê o ato grosseiro, a palavra mórbida, os xingamentos infelizes?

Conversemos sobre os candidatos e seus bons ou malfeitos e juntemos nossos ideais. Conversemos sobre a corrupção e seus malefícios para a nação, mas não critiquemos nosso amigo pelo seu pensamento com relação ao seu sonho.

 

 

 

26/04/2016