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CRUCIFICAÇÃO
CRUCIFICAÇÃO

 

 

 

Respeito as manifestações. 
Manifestar é mostrar indignação; é expressar o modo de pensar. 
Para tanto, os manifestos iniciam-se nas primeiras declarações de um pequeno grupo,
até reverberar em sintonia com o pensamento da sociedade, que vive o momento para
proferir os mesmos sentimentos. 
Nada mais puro e significativo para o meio em que vivemos. Expôr as vontades de que
uma sociedade se torne mais justa e consciente da evolução que lhe é peculiar é
sinônimo de realização, de seguir em frente, de abrir caminhos para um futuro de
tolerâncial e educação.
Digo assim em respeito ao polêmico símbolo do Cristo crucificado, usado para
incrementar o veio político da Parada Gay. Há que ser entendido, assim mesmo, como
um gesto polêmico e de incompreensão, não religioso. Nem como falta de respeito.
Jesus teve seu tempo de exposição e foi arduamente criticado, terminando seu reinado
terrestre nas garras da cruz. Foi incompreendido e surrado, chicoteado e judiado até
não poder mais. 
A alusão a Cristo sempre existiu quando houve o pensamento da sociedade contra algo 
que existe sem que ela entenda que precisa ser aceito. 
As mulheres sofreram preconceito ao lutarem pelo voto, pela igualdade na disputa pelo
trabalho, para competirem como os homens em determinados esportes, para
escolherem o momento de ter filhos. Tiraram os sutiãs e os queimaram em praça pública
surgindo , assim, o movimento extremo de libertação das mulheres.  A partir de então,
tornou-se absolutamente normal que mulheres lutem pelos seus direitos e a sociedade
passou a entender estes movimentos e apoiá-los. Não há mais choque de intenções. 
Com os gays, dá-se a mesma onda motivadora, culminando com protestos agressivos e 
respostas agressivas, com intenções provocantes e consequente mobilização da ala
conservadora da sociedade. E assim acontece, como tudo que nos movimentou até hoje 
na transformação das mentes terrenas. 
Dentro de pouco tempo, os excessos não mais existirão, as cargas negativas que hoje
presenciamos nas redes sociais de repúdio às igualdades serão definitivamente
descartadas. Imitar Cristo na cruz, para vivenciar simbolicamente um sofrimento
conhecido dos cristãos, sempre foi e haverá de ser um instrumento para aproximar os
corações e exaltar a luta para dias melhores. 
Não vejo nada de mais que se repliquem as cruzes. 
Nosso padrão de entendimento é das cavernas perto do que devemos aprender com a
chegada de novas fontes de aprendizado. 
08/06/2015