A rota do mundo não está boa não.
Trump tem levado a dita maior democracia do planeta aos anos 1600, quando ainda não existiam universidades. Ele quer uma nova caça às bruxas, um retorno das mulheres ao lar, ao seu ambiente primitivo, cuidando dos filhos e deixando os afazeres mundanos para os homens. Mulheres burras e pessoas burras no geral não dão trabalho. São força de trabalho. Ele quer serviçais e imigrantes muito ricos. Ele quer o capitalismo na sua essência bruta e se apossar de terras alheias. Meça todos os seus decretos e surgirá um círculo de horrores que tem o retrocesso como ponto final.
O capitalismo tem 500 anos e está no seu estertor da morte. Chegou ao seu apogeu enquanto teve sob suas garras a escravidão ou o servilismo. Foi o responsável pelo apagamento das mulheres nas artes, nas ciências e na literatura, pois eram elas as necessárias em casa para que os homens saíssem em navegações e grandes comércios.
Não basta todas as lutas da metade final do século XX e cá estamos com tudo de volta, regurgitando o monstro das teocracias, dos extremismos fracassados e incertezas políticas.
O que acontece por escolha da maioria, infelizmente o país inteiro sofre as consequências. Eles que lutem. Mas é triste ver o desmonte, a descaracterização da saúde, da educação, da ciência e da cidadania.
Quando há extremos, tudo é prejudicado: a vacinação o será pelo negacionismo e pela falta de verba para pesquisa. O mundo sentirá falta disso.
Ainda não sei onde chegaremos com essa selvageria político-econômica anunciada pelo presidente laranja.
Ela é peculiar e infantil, como infantis são todas as guerras, rachas de carro e trocas de socos.
Abril 2025